domingo, 26 de junho de 2011

Impressões de quem esteve na XII Parada pela Diversidade Sexual do Ceará




Muito gratificante perceber que, ano após ano, as manifestações públicas em favor da diversidade sexual ficam maiores, seja em Fortaleza, no Ceará, no Brasil ou no mundo.

Neste exato momento, ocorre, na Av. Beira-Mar de Fortaleza, a XII Parada pela Diversidade Sexual no Ceará. Milhares de apoiadores e simpatizantes desta causa se espremem em uma verdadeira cruzada pelo direito de todas e todos de expressarem livremente sua sexualidade.

Minutos atrás, disse em um dos seis trios que mobilizam esta importante confraternização que há poucas semanas o STF havia decidido que mais importante que a heteroafetividade ou a homoafetividade era a afetividade, já que como valor derivado do amor era pressuposto para realização da paz e da estabilidade social. Agora, novas cortinas se abrem para a garantia de um Brasil de todas as cores, mas para que isso de verdade se materialize é importante que seja virada uma página triste da histórica nacional, a mácula da homofobia, expressada em números que beiram o absurdo: quase um assassinato de homosexual por cada dia do ano.

O Brasil, este gigante que cresce a cada dia e que tantas novas oportunidades vem gerando ao seu povo, não é um país que poderá ser potência em razão de nossa homogeneidade. O Brasil é bonito por natureza e vem ampliando seus horizontes não porque somos iguais, mas porque somos diferentes. Lutemos juntos, já, pelo direito de livre orientação sexual de cada pessoa, com igualdade de tratamento e oportunidades a todas e todos. Só assim, construindo uma nação em torno do valor da dignidade, teremos um país justo, solidário e sadio para se viver.

Marcelo Uchôa
Coordenador Estadual de Direitos Humanos

Nas fotos, mutidão de simpatizantes e Marcelo Uchôa com Dep. Federal Artur Bruno.

Um comentário:

Silvia Nunes disse...

Parabéns Professor pelo seu posicinamento, o qual eu concordo plenamente. Acho que é hora mais do que nunca de se reeducar esse país no sentido de aprender a aceitar as adversidades existentes. De se fazer entender que respeitar não significa compactuar. E que todos tem direito a um lugarzinho nesse mundo, para viver como bem entender, lógico em sociedade!