Após leitura minuciosa do artigo do ex-diretor de redação da Veja, José Roberto Guzzo, não posso silenciar. Guzzo usa o termo “homossexualismo” e se refere à nossa orientação sexual como “estilo de vida gay”. Orientações sexuais não são tendências ideológicas. Nem políticas.
Muito menos podemos considerar a homossexualidade como doença. Desde maio de 1990 a Organização Mundial da Saúde deixou de classificá-la como patologia. Por isso se fala em “homossexualidade”, “heterossexualidade” e “bissexualidade”, onde o sufixo "dade" quer dizer "um modo de ser" e não uma escolha.
Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, segundo o IBGE, somam mais de 18 milhões. Cidadãos, que, infelizmente, ainda são vítimas de injúria, difamação e negação de direitos todo dia, em um país machista, conservador e capitalista. Não reconhecer a existência da população LGBTT é desconhecer os direitos humanos e as políticas públicas.
Quando os LGBTT reivindicam o direito ao casamento civil é para ter os mesmos direitos que os heterossexuais. A sociedade brasileira avança,
mas infelizmente ainda há quem viva preso nos seus “cercados”. No passado, a mulher não podia votar, mas a lei foi revista e o direito, assegurado.
Quanto à afirmação de Guzzo de que “um homem também não pode se casar com uma cabra, por exemplo; pode até ter uma relação estável com ela, mas não casar”, desprezo. Desconheço este tipo de relação. Conheço apenas o amor profundo e verdadeiro que brota de grandes relacionamentos entre pessoas heterossexuais ou homossexuais.
Sobre a afirmação “se alguém diz que não gosta de gays, ou algo parecido, não está praticando crime algum – a lei não obriga a gostar de homossexuais”, impressiona-nos a falta de compostura e de respeito com que a população LGBTT é tratada.
Os assassinatos contra a população LGBTT não são crimes “normais”. São crimes de ódio. Por isso protestamos contra o preconceito e a homofobia. O que queremos e exigimos é respeito e acesso às políticas públicas, em todas as áreas.
Andrea Rosatti
imprensa@stds.ce.gov.br
Coordenadora estadual de Políticas Públicas LGBTT e vice-presidente do Fórum Nacional de Gestoras e Gestores LGBTT
Fonte: O Povo, 17/12/12, disponível em: http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2012/12/17/noticiasjornalopiniao,2973117/nao-a-homofobia-exigimos-respeito.shtml
Muito menos podemos considerar a homossexualidade como doença. Desde maio de 1990 a Organização Mundial da Saúde deixou de classificá-la como patologia. Por isso se fala em “homossexualidade”, “heterossexualidade” e “bissexualidade”, onde o sufixo "dade" quer dizer "um modo de ser" e não uma escolha.
Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, segundo o IBGE, somam mais de 18 milhões. Cidadãos, que, infelizmente, ainda são vítimas de injúria, difamação e negação de direitos todo dia, em um país machista, conservador e capitalista. Não reconhecer a existência da população LGBTT é desconhecer os direitos humanos e as políticas públicas.
Quando os LGBTT reivindicam o direito ao casamento civil é para ter os mesmos direitos que os heterossexuais. A sociedade brasileira avança,
mas infelizmente ainda há quem viva preso nos seus “cercados”. No passado, a mulher não podia votar, mas a lei foi revista e o direito, assegurado.
Quanto à afirmação de Guzzo de que “um homem também não pode se casar com uma cabra, por exemplo; pode até ter uma relação estável com ela, mas não casar”, desprezo. Desconheço este tipo de relação. Conheço apenas o amor profundo e verdadeiro que brota de grandes relacionamentos entre pessoas heterossexuais ou homossexuais.
Sobre a afirmação “se alguém diz que não gosta de gays, ou algo parecido, não está praticando crime algum – a lei não obriga a gostar de homossexuais”, impressiona-nos a falta de compostura e de respeito com que a população LGBTT é tratada.
Os assassinatos contra a população LGBTT não são crimes “normais”. São crimes de ódio. Por isso protestamos contra o preconceito e a homofobia. O que queremos e exigimos é respeito e acesso às políticas públicas, em todas as áreas.
Andrea Rosatti
imprensa@stds.ce.gov.br
Coordenadora estadual de Políticas Públicas LGBTT e vice-presidente do Fórum Nacional de Gestoras e Gestores LGBTT
Fonte: O Povo, 17/12/12, disponível em: http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2012/12/17/noticiasjornalopiniao,2973117/nao-a-homofobia-exigimos-respeito.shtml
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