Lúcia
Maria de Souza (São Gonçalo, 22 de junho de 1944 - Araguaia, 24 de
outubro de 1973) foi uma guerrilheira brasileira, integrante da
Guerrilha do Araguaia. Conhecida no Araguaia como "Sônia", sua morte foi
um dos mais famosos episódios da guerrilha.
Lúcia nasceu no estado do Rio de Janeiro e era de origem pobre, conseguindo com dificuldades ingressar na Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de
A morte e a frase
Sônia foi emboscada por uma patrulha do exército em 24 de outubro de 1973, durante a Operação Marajoara, a terceira e definitiva ofensiva militar contra os guerrilheiros, e sua morte é um dos episódios mais célebres da guerrilha.
Lúcia nasceu no estado do Rio de Janeiro e era de origem pobre, conseguindo com dificuldades ingressar na Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de
Janeiro.[1] Ativista do movimento estudantil desde a adolescência, como
militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), foi responsável pela
impressão do jornal A Classe Operária, órgão oficial do Partido, nos
anos de 1969 e 1970, junto com outra militante, Jana Moroni, também
futura guerrilheira e também desaparecida no Araguaia.[2]
Deixou a
faculdade no 4º ano quando estagiava no Hospital Pedro Ernesto, no Rio
de Janeiro, devido à perseguição da repressão e foi para o Araguaia.[2]
Com o codinome 'Sônia' fez fama como parteira[3] e auxiliar médica na
região, ao lado de guerrilheiros como João Carlos Haas Sobrinho, o 'Dr.
Juca', médico gaúcho, e Dinalva Oliveira Teixeira, a 'Dina', geóloga
baiana que também realizava partos.
A morte e a frase
Sônia foi emboscada por uma patrulha do exército em 24 de outubro de 1973, durante a Operação Marajoara, a terceira e definitiva ofensiva militar contra os guerrilheiros, e sua morte é um dos episódios mais célebres da guerrilha.
Acompanhada de um menino da região que costumava
andar com os guerrilheiros, ela parou num regato próximo ao local
chamado Grota da Borracheira, entre Marabá e Xambioá, tirando as botas
que usava para molhar os pés no riacho. Ao voltar, não achou as botas e
acreditou ser uma brincadeira dos caboclos do local.
Rendida pela
patrulha militar que a havia descoberto por causa das botas deixadas ao
lado da trilha, correu para pegar a arma deixada no chão e foi ferida a
tiros pelos soldados. No comando desta patrulha, estavam os então major
Lício Maciel, que depois como coronel escreveu um livro sobre suas ações
na captura e morte dos guerrilheiros no Araguaia, e o capitão Sebastião
Alves de Moura, mais tarde conhecido como Major Curió.
Enquanto o
adolescente que acompanhava 'Sônia' fugia sob a complacência da
patrulha, pois era apenas um menino, os militares acercaram-se da
guerrilheira ferida no chão, sem se aperceberem que ela havia caído em
cima de seu revólver. Perguntada qual era seu nome, deu a resposta que a
tornou célebre a ponto de ser conhecida pelo presidente Ernesto Geisel e
chamada de 'fanática' pelo então ministro-chefe do SNI e futuro
presidente João Baptista Figueiredo:[4], "Guerrilheira não tem nome, seu
filho da puta, eu luto pela liberdade!".[5], [6] E puxando o revólver
debaixo do corpo atirou nos militares, atingindo Maciel no rosto e no
braço e Curió na barriga. Foi metralhada em seguida pelos demais
integrantes da patrulha.[7]
Seu corpo foi deixado insepulto na mata e nunca foi encontrado. É dada como desaparecida política.[8]
http://pt.wikipedia.org/ wiki/ L%C3%BAcia_Maria_de_Souza
http://pt.wikipedia.org/
Divulgação do coletivo "Revolucionários eternamente" nas redes sociais.
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