Advogado. Professor de Dir Internacional e Dir Humanos/UNIFOR, havendo ensinado Dir Trabalho, Hermenêutica e Estágio. Doutorando em Direito/UNIFOR e Univ Salamanca c/ Diplomas de Grado, Estudios Superiores e Avanzados. Mestre em Dir Constitucional. Especialista em Dir Trabalho. Ex Coord Especial de Dir Humanos/CE. Autor dos livros Direito Internacional, Ed Lúmen Juris, e Controle do Judiciário: da expectativa à concretização (o 1o biênio do CNJ), Ed Conceito. Face: Marcelo Uchôa TT: MarceloUchoa
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Brasil terá Centro de Excelência contra a Fome
Brasília - O economista brasileiro Daniel Balaban, com mestrado em relações exteriores, será o diretor do Centro de Excelência contra a Fome no Brasil. O centro, em Brasília, servirá como um local de orientação para executar ações relacionadas à alimentação e educação. Balaban disse à Agência Brasil (ABr) que o país conquistou o respeito mundial pelos esforços no combate à pobreza e fome. "Temos de transformar o círculo vicioso em círculo virtuoso", disse ele. A seguir, os principais trechos da entrevista.
ABr - O Programa Mundial de Alimentação das Nações Unidas (cuja sigla em inglês é WFP) diz que há 1 milhão de pessoas que passam fome no mundo, há como solucionar a questão?
Daniel Balaban - É preciso, primeiro, desfazer mitos, como o que diz que não há comida suficiente para todos e que a fome está localizada na África. Nada disso é verdade. Outro fator fundamental: é possível resolver o problema da fome, desde que haja um esforço conjunto de toda a comunidade internacional.
ABr - De forma concreta, quais são as outras ações para combater a fome no mundo?
Balaban - É preciso que os governos atuem de forma mais intensa, o que impõe também agir no combate às guerrilhas que estão em vários locais do mundo, como na África, executar ações de erradicação da miséria, de estímulo à agricultura e do uso adequado da terra.
ABr - Como o Brasil, por meio do Centro de Excelência contra a Fome, pode colaborar nesse processo?
Balaban - O Brasil ganhou respeito e tornou-se referência por suas ações de combate à pobreza e à fome. A implementação das políticas de transferência de renda é um exemplo bem-sucedido. O nosso objetivo é transmitir o conhecimento e a técnica desenvolvidos no país, por meio de treinamentos, do estímulo à adaptação às culturas e ao modo de viver de cada país. No total, vamos atuar em 18 países na América Latina, Ásia e África.
ABr - Os estrangeiros se interessam por algum programa específico desenvolvido no Brasil?
Balaban - Eles querem saber sobre tudo, mas sem dúvida os programas Fome Zero e Bolsa Família chamam a atenção dos estrangeiros. Na verdade, o conjunto das ações causa a admiração no exterior porque há a atuação do governo, mas também da sociedade civil, envolvendo educação, saúde e cidadania. É assim que o combate à fome deve ocorrer. Na África, por exemplo, há muita terra que pode ser plantada, mas por falta de água e conhecimento não há estímulo para a agricultura e aí começa o círculo vicioso. Temos de transformar o círculo vicioso em círculo virtuoso.
ABr - Para o senhor, o cidadão comum pode ajudar nesse processo todo?
Balaban - Claro. Por enquanto, ainda estamos trabalhando no site do Programa Mundial de Alimentação das Nações Unidas [cuja sigla em inglês é WFP] para adaptar ao Brasil. Mas quem quiser contribuir pode entrar no nosso site [http://www.wfp.org/] e fazer a doação em dólar. De US$ 1 a um valor indefinido, tudo é bem-vindo. Todas as doações são aproveitadas e tudo é transparente %u2013 os dados sobre os investimentos e quem está recebendo. Os detalhes estão no site.
Agência Brasil
02.11.2011| 17:37
Fonte: O Povo Online, 03/11/11, disponível em http://www.opovo.com.br/app/maisnoticias/brasil/2011/11/02/noticiabrasil,2327218/brasil-tera-centro-de-excelencia-contra-a-fome.shtml
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