quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Mumia Abu-Jamal está fora do corredor da morte

7 de Dezembro de 2011 - 19h54

O ativista negro Mumia Abu-Jamal, ex-membro do grupo Panteras Negras, não será mais executado. A informação foi dada nesta quarta-feira (7) pela Procuradoria da Filadélfia, no estado da Pensilvânia (EUA), depois de 30 anos de batalhas na Justiça. Abu-Jamal foi condenado à pena de morte pelo assassinato do policial branco Daniel Faulkner em dezembro de 1981. Ainda segundo a decisão, ele cumprirá prisão perpétua, seguindo as leis do estado da Pensilvânia.


Ativistas e defensores de direitos humanos haviam pedido a comutação da pena de morte (substituição por uma pena menos grave) de Abu-Jamal, tendo em vista que o júri tinha sido condicionado durante o processo.

Judith Ritter, advogada de Abu-Jamal, comemorou a decisão, já que "não há dúvidas que a justiça foi feita quando se rejeita uma sentença de morte de um júri desinformado". Abu-Jamal era taxista e locutor de rádio quando em 1981 se envolveu em uma troca de tiros com Faulkner em uma suposta disputa de tráfico.

O promotor do caso, Seth Williams, falou que continuar pedindo a pena de morte para Abu-Jamal levaria o caso a uma "infinidades de anos de apelações".

Em outubro, a Corte Suprema dos Estados Unidos (EUA) rejeitou um recurso da Procuradoria contra a sentença de um tribunal de apelações de 2008 que pedia um novo julgamento sobre o caso, já que o júri que condenou o réu recebeu pressões e instruções. Mas, a Justiça estadunidense manteve sua condenação por homicídio, mas reconheceu que o júri esteve condicionado durante suas deliberações.

Durante os 30 anos de sua prisão, Abu-Jamal ficou conhecido em todo mundo devido aos ensaios que escreveu em sua cela contra a pena de morte, o que gerou um movimento internacional por sua libertação.

Fonte: Terra

Fonte: Portal Vermelho, 07/12/11, disponível em: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=8&id_noticia=170515

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