Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse
ter expectativa de que a Organização dos Estados Americanos (OEA) leve
em conta a postura adotada pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e
pelo Mercado Comum do Sul (Mercosul) quando for se posicionar
oficialmente sobre a atual situação do Paraguai.
Os dois blocos internacionais suspenderam o Paraguai de seus quadros
até a convocação de novas eleições, por discordarem de como foi
conduzido o processo de impeachment do ex-presidente Fernando
Lugo. De acordo com Antonio Patriota, não há data prevista para uma
reunião em que a OEA decida sobre o assunto.
Patriota deu a declaração em coletiva de imprensa após encontro com o
chanceler da ilha caribenha de Santa Lúcia, Alva Baptiste. “O Mercosul e
a Unasul tomaram uma postura importante. Esperamos que os órgãos mais
amplos levem em consideração o que esses subgrupos decidiram”, afirmou o
ministro.
No início da semana, o secretário-geral da organização, José Miguel Insulza, sugeriu que seja feito um plano de ação para facilitar o diálogo entre os países americanos e que defendeu que o Paraguai não sofra suspensão. No entanto, Patriota disse ontem (11) que as afirmações de Insulza não constituem a posição oficial da Organização dos Estados Americanos.
Antonio Patriota comentou ainda as declarações da secretária de Estado
adjunta para América Latina dos Estados Unidos, Roberta Jacobson, que
elogiou a postura do secretário-geral da OEA e defendeu equilíbrio e
diálogo nas relações com o Paraguai. “Na conversa que tive com a
secretária de Estado, Hillary Clinton, houve manifestação de séria
preocupação com o respeito ao direito de ampla defesa no processo
[contra Fernando Lugo]”, disse.
O chanceler Alva Baptiste também se manifestou sobre o Paraguai. “Quero
deixar claro que Santa Lúcia acredita na democracia. Santa Lúcia não
apoia nem apoiará qualquer coisa que coloque em cheque os valores que
abraçamos. Todo esforço será feito para garantir que o hemisfério
continue nesse caminho [da democracia]”, declarou.
Edição: Davi Oliveira
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